Programação Geral

A programação do SBrT2020 será composta por Sessões Plenárias, Minicursos e Sessões Técnicas, além de um Painel acerca do Futuro do 5G no Brasil.

Sessões Plenárias

Plenária 1

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5G and the Wireless Road Ahead
Prof. Mérouane Debbah

Abstract: The standardization for 5G wireless systems is maturing and researchers around the world have already started to look at beyond the 5G systems. Although the next G gossip is at a premature stage, this talk aims to provide an overview of the vision, challenges and key enabling technologies envisioned by the wireless community. The talk will mostly focus on the fundamental technologies and will discuss potential research directions to meet the requirements of next generation wireless systems.

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Plenária 2

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Leveraging Machine Learning on the Edge to Enhance OpenRAN, 5G and Beyond-5G RAN Deployments
Prof. Tim O'Shea

Abstract: Machine Learning is rapidly transforming and advancing communications systems at the lower layers of the stack. Real world measurement data and feedback allows us to optimize and adapt RAN and OpenRAN systems in an end-to-end manner, to operate better and more efficiently in their deployed environments under real world conditions. This talk will highlight some of the core technologies, innovations and enablers which are transforming radio baseband signal processing, and will highlight how these are improving 5G performance and forming the foundational technologies which will help pave the path towards 6G networks. We’ll highlight how physical layer processing is being enhanced by data-driven optimization tools, and how data-driven sensing tools are further enabling radio sensing in order to identify and mitigate interference, malicious radio activity, and device failures, helping to drive down network operating and performance optimization cost across new and existing networks. We’ll highlight some of the most exciting recent works in this space, and also highlight the rapid path from R&D into production systems that more open RAN ecosystems are enabling.

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Plenária 3

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5G no Brasil e a Regulação: Questões Técnicas, Econômicas e Concorrenciais
Eng. Hermano Barros Tercius

Abstract: Essa plenária abordará as questões e os assuntos mais importantes a serem considerados na definição do Edital de licitação brasileiro para o 5G, que poderá consistir no maior edital de radiofrequências já realizado no mundo, em quantidade de frequência disponibilizada. Serão apresentados desde aspectos técnicos, como faixas e tamanho de blocos de frequência, até aspectos econômicos e de mercado, como as possíveis modalidades de leilão, divisões geográficas dos blocos de frequência e compromissos de cobertura. Também serão apresentadas as principais características dos leilões de 5G já ocorridos no mundo e será explanada a relação de compromisso existente entre a concorrência gerada no leilão e a concorrência que se pretende obter no mercado de telecomunicações do país, o que inclui, entre outras questões, a avaliação da possibilidade de criação de regras especiais para empresas entrantes ou para prestadoras de pequeno porte.

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Plenária 4

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Signal processing for domain-enriched machine learning: speech and biomedical applications
Prof. Tiago H. Falk

Abstract: The last five years has witnessed significant advances in computational power, reduced storage costs, and availability of “big” datasets. This has allowed for deep neural networks to burgeon and to achieve unprecedented performances across a wide range of applications. Despite this progress, conventional deep learning tools are known to be strongly dependent on the quantity and quality of the available training data. For example, when training data is limited in size or there is a mismatch in quality between the training and test sets, significant performance drops can happen. More recently, serious concerns have also been raised given the susceptibility of deep models to be fooled by so-called adversarial attacks. In this talk, I will show how signal processing can be used to enrich deep learning frameworks with domain knowledge, thus leading to 1) improved accuracy with simpler models, 2) context-aware applications, and 3) increased robustness against adversarial attacks. Applications within speech and biomedical domains will be showcased.

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Plenária 5

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Reconfigurable Intelligent Surface-Based Communications for Future Wireless Networks
Prof. Ertuğrul Başar

Abstract: Extensive research has already started on 6G and beyond wireless technologies of 2030 due to the envisioned new use-cases including multisensory augmented/virtual reality applications, wireless brain computer interactions, and fully autonomous systems. Although a plethora of modern physical layer solutions have been introduced in the last few decades with the context of 4G and 5G wireless systems, it is undeniable that a level of saturation has been reached in terms of the available spectrum, adapted modulation/coding solutions and accordingly the maximum throughput as well as achievable reliability. Within this perspective, reconfigurable intelligent surface (RIS)-empowered communi-cation appears as a potential candidate to overcome the inherent drawbacks of legacy wireless systems by providing a new degree of freedom in wireless system design. The core idea of RISs is the transformation of the uncontrollable and random wireless propagation environment into a reconfigurable communication system entity that plays an active role in transferring information. The aim of this talk is to introduce the emerging concept of RIS-empowered communications, to discuss the similarities and differences with the existing technologies, to present the state-of-the-art solutions for intelligent communication environments, and to provide a general perspective on the potential of RIS-assisted systems towards 6G wireless networks.

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Painel

Futuro do 5G no Brasil e Suas Implicações para a Sociedade Moderna

O Painel irá envolver uma discussão acerca de como a rede 5G irá afetar a sociedade brasileira, além da importância do leilão de frequências para que as visões desejadas sobre as redes 5G se concretizem. Também haverá espaço para perguntas-chave das operadoras, indústria e aplicações. A seguir, os panelistas presentes são apresentados.

Moderador: Luciano Leonel Mendes (INATEL)

Luciano Leonel Mendes possui os títulos de Bacharel em Engenharia Elétrica e Mestre em Telecomunicações pelo Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), obtidos em 2001 e 2003, respectivamente. Ele concluiu o Doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em 2007. Desde 2001 é professor do Instituto Nacional de Telecomunicações, onde atua no ensino de graduação e pós-graduação, além de ter ocupado os cargos de gerente técnico do Laboratório de Desenvolvimento de Hardware e Coordenador do Curso de Mestrado de Telecomunicações. Foi coordenador de diversos projetos de pesquisa e desenvolvimento, merecendo destaque aqueles voltados para TV Digital com apoio da Finep e RNP. Entre 2013 e 2015 ele executou um projeto de pós-doutorado, com o apoio do CNPq, na Vodafone Chair Mobile Communications Systems, localizada na Technische Universität Dresden, Alemanha, na área de esquemas de modulação digital para a quinta geração de redes móveis celulares. Hoje ele coordena as atividades de pesquisa do Centro de Referência em Radiocomunicações (CRR), sendo o responsável pelas pesquisas em 5G neste projeto. Além disso, ele coordena a Comissão de Pesquisa e Casos de Uso do Projeto 5G Brasil, hospedado pela Telebrasil. Suas principais áreas de atuação são comunicações móveis, radiodifusão digital e modulações com múltiplas portadoras.

Hermano Barros Tercius (ANATEL)

Hermano Barros Tercius é servidor de carreira da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) desde 2005, onde ocupou, entre outros, os cargos de Gerente Regional nos Estados da Bahia e Sergipe, Gerente de Suporte à Fiscalização e chefe de gabinete da Superintendência de Fiscalização. Atualmente, é Assessor do Conselho Diretor da Anatel. Atuou fortemente na construção da proposta do Edital de Licitação do 5G e foi palestrante em diversos eventos sobre esse tema, como o Workshop 5G no Brasil, o Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA) 2019, o XII Seminário Telcomp, o 33° Seminário Internacional ABDTIC e o debate “5G: Decisão Estratégica”. É mestre em Engenharia Elétrica, na área de Telecomunicações, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde também se graduou como Engenheiro Eletricista. Possui pós-graduação em Regulação de Telecomunicações pelo Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) e MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Alberto Boaventura (Oi)

Gerente de Estratégia e Arquitetura de Rede na Oi. Iniciou sua carreira na Oi como Gerente de Produto entre 2003 e 2004, retornando em 2006 na área de Tecnologia de Redes. Possui 34 anos de experiência no setor de telecomunicações, tendo atuado em diversas áreas: Implantação e Gerenciamento de Projetos, Planejamento de Redes, Planejamento Estratégico, Planejamento de Mercado, Gestão de Negócios, Gestão de Produtos e Gestão de Tecnologia. Ocupou cargos em empresas como Embratel, Lucent Technologies, Ericsson, Brasil Telecom e Oi / Telemar. É graduado em Engenharia de Telecomunicações pela Universidade Federal Fluminense (UFF/86), Mestre em Engenharia Elétrica (MSc) pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio / CETUC/98) (*), Pós-graduado em Engenharia de Software pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/94) e possui MBA em Finanças Corporativas pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC-RJ/04). Alberto é Technical Deputy do Technical & Terminals Working Group da GSMA Latin America, Coordenador da Comissão de Frequência no 5G Brasil e Membro do IEEE desde 1997.
(*) Tese em processamento e estimação de matrizes de sinais: “Evaluation of the Direction of Arrival Estimation Methods for the Wireless Communications Systems (Beamforming & Smart Antenna).”

João Moura (Telcomp)

João Moura, Presidente Executivo da TelComp, associação que reúne mais de 70 operadoras de telecomunicações de todos os perfis. É economista com MBA pela COPPEAD Rio de Janeiro e cursos de extensão em Wharton, Stanford e no MIT. Foi sócio da Coopers & Lybrand (PwC) especializado em estratégia e finanças corporativas. Liderou vários projetos de privatização, inclusive de telecomunicações, no Brasil e na América Latina, assessorando governos e investidores globais. Foi diretor-executivo da BCP Telecomunicações (BellSouth e Safra), e participou do lançamento das operações de telecomunicações móveis em São Paulo e no Nordeste. Foi também diretor financeiro de empresas industriais e professor de finanças na USP.

Carlos Lauria (Huawei)

É Engenheiro de Telecomunicações pela UGF/RJ, pós-graduado em Sistemas de Telecomunicações pelo Instituto Militar de Engenharia (IME-RJ) e em Regulação de Serviços de Telecomunicações pela Universidade de Brasília (UnB-DF). Tem mais de 40 anos de experiência no mercado de TICs, ocupando atualmente o cargo de Diretor de Relações Governamentais e Assuntos Regulatórios da Huawei do Brasil e tendo trabalhado em uma grande operadora de telecom, na Anatel e em grandes multinacionais líderes dos seus setores. Responsável pelo relacionamento com os diversos órgãos do governo federal (executivo, legislativo, judiciário), tratando de assuntos como políticas públicas, segurança cibernética, infraestrutura, inclusão digital, engenharia de espectro, mobilidade, privacidade de dados, computação em nuvem, homologação de produtos, benefícios fiscais, política industrial, acessibilidade, etc. Também é participante ativo de grupos de estudo da União Internacional de Telecomunicações (ITU), da Comissão Inter-Americana de Telecomunicações (CITEL) e da Anatel. Representa a empresa e ocupa diretorias em diversas associações, tais como FIESP, ABINEE, TELEBRASIL, BRASSCOM, etc.

Minicursos

Minicurso 1

Entendendo o núcleo 5G na prática através de uma implementação de código aberto
João Paulo Lobianco Silva, Samuel Wanberg, Rogério S. e Silva, Cristiano Bonato Both, Antonio Oliveira-Jr e Kleber Cardoso

A implantação de serviços avançados de Internet das Coisas (IoT) exigem requisitos rigorosos de comunicação que serão alcançados com a 5G. O release 15 fornecido pelo 3GPP introduziu a arquitetura baseada em serviços com softwarização, virtualização e fatiamento de recursos. Neste contexto, o minicurso visa apresentar na prática o sistema 5G e implementações dos componentes de software utilizados. Além disso, neste minicurso irá demonstrar uma implementação baseada em código aberto da rede de núcleo 5G 3GPP, integrada com uma rede não-3GPP (IoT LoRaWAN).

Minicurso 2

Novas Plataformas de Comunicação para Internet das Coisas - Experiências e Práticas
Juliana Ibiapina, Victória T. Oliveira, Leila Rodrigues e Wendley S. Silva

O conceito de Internet of Things (IoT) é simples e resume-se à capacidade de interconexão entre diferentes dispositivos por meio da Internet. Porém, desenvolver um sistema baseado em IoT é uma tarefa que envolve a utilização de diversas ferramentas e tecnologias relacionando-se, ainda, a tópicos como limitação energética, capacidade de armazenamento e processamento bem como variados tipos de padrões de comunicação. Assim, este minicurso apresentará as principais plataformas e protocolos de comunicação recém-lançados ou aprimorados nos últimos anos para a implementação de projetos de IoT, trazendo uma descrição detalhada de cada uma dessas tecnologias, além de práticas abordando as rotinas de comunicação entre elas. Dentre as ferramentas apresentadas estão: Raspberry Pi Zero, NodeMCU ESP32, LoRaWan, ESP-Now , Z-Wave e outras.

Minicurso 3

Fundamentos de Testes de Compatibilidade Eletromagnética Conduzido e Irradiado
Andreia Aparecida de Castro Alves e José Reis Moreira

A importância da compatibilidade eletromagnética (EMC) deu origem a vários padrões e regulamentos governamentais, militares e industriais. Em muitas partes do mundo, os produtos eletrônicos não podem ser comercializados sem antes demonstrar a aderência aos padrões relevantes de EMC e, portanto, muitas empresas incorporaram os testes de EMC em seu ciclo de desenvolvimento de produtos. Este mini-curso apresenta as duas categorias gerais dos fundamentos do teste EMC: teste de emissões e teste de imunidade. O teste de emissões envolve a medição de sinais eletromagnéticos emitidos pelo dispositivo em teste para determinar se essas emissões excedem os limites permitidos, potencialmente causando problemas em outros equipamentos próximos. O objetivo dos testes de imunidade, por outro lado, é verificar se um produto eletrônico é capaz de funcionar corretamente, mesmo quando exposto a níveis de energia de radiofrequência.

Minicurso 4

6G Wireless: Paving the Way Towards Smart Radio Environment via Reconfigurable Intelligent Surfaces
Daniel Benevides da Costa

The first five generations of wireless networks were designed assuming that wireless environment is: (i) fixed by nature; (ii) cannot be modified, (iii) can be only compensated through the design of sophisticated transmission and reception schemes. Such assumptions converge to the idea that the wireless environment cannot be controlled, but only adapted to. Apart from being uncontrollable, it is also considered that the environment has a negative effect on the communication efficiency: signal attenuation limits the network connectivity, multi-path propagation results in fading phenomena, reflections and refractions from objects are a source of uncontrollable interference. However, in order to fulfill the challenging requirements of the sixth generation (6G) wireless networks, which are expected to require a new architectural platform by integrating communication, computing, control, localization, and sensing, the wireless environment can be turned into an optimization variable, which jointly with the transmitters and receivers, can be controlled and programmed rather than just adapted to. This gives rise to the so-called smart radio environment (SRE), which is defined as a smart configurable space that plays a crucial role in transferring and processing information, and that makes more reliable the exchange of data between transmitters and receivers.
A key enabler to realize successfully SRE, by making the wireless environment controllable and programmable, is reconfigurable intelligent surface (RIS), which is usually a thin sheet composed by low-cost nearly-passive elements that can be configured via external stimuli. In nearly-passive RISs, no power amplification is user after configuration, there is minimal digital signal processing behind the tasks and minimal power is employed along its whole operation. Moreover, in RIS-based networks, every environmental object will be coated with man-made intelligent surfaces composed by configurable electromagnetic materials (software-defined reconfigurable metasurfaces) that are electronically controlled through integrated electronic circuits and software that enable control of the wireless medium. Thus, RISs enable telecommunication operators to sculpt the medium that comprises the network. With the aid of RISs, wireless networks will not be designed anymore to adapt themselves to the environment, but the environment will become part of the optimization space. As such, RISs have the potential to fundamentally change how wireless networks are designed in future wireless communication networks.
This tutorial will discuss the potential of RISs in 6G wireless networks. It will cover the emerging wireless vision, the enabling technologies, the most recent theoretical advances, and the most promising applications visualized for RISs in wireless networks.

Minicurso 5

Segurança em Aplicações de Internet das Coisas: Bluetooth Low Energy, Casos de Uso e Vulnerabilidades
Ávilla Ítalo de Souza Silva, Aellison Cassimiro Teixeira Santos, Iguatemi Eduardo da Fonseca, Vivek Nigam

Com o avanço da computação em nuvem e o crescente número de dispositivos que utilizam redes sem fio para comunicação, a Internet das Coisas (IoT – Internet of Things) está crescendo e se tornando parte essencial das vidas das pessoas. Esta rede de objetos conectados pode incluir qualquer sistema físico que possa acessar a rede e que consiga transmitir dados. Com o avanço desta tecnologia, novos desafios e barrerias precisam ser quebrados. A necessidade de inovação e a competição entre fabricantes tornam o desempenho e o preço, as características que mais recebem atenção dos desenvolvedores, deixando a segurança em segundo plano. Nesta proposta de minicurso será apresentada uma fundamentação básica de redes IoT, algumas das suas principais vulnerabilidades, casos de exploração e algumas demonstrações de ataques realizados em dispositivos Bluetooth Low Energy (BLE), que é um dos principais protocolos utilizados neste tipo de rede.

Minicurso 6

Aspectos Teóricos e Práticos de Redes IEEE 802.15.4g/Wi-SUN
Ruan Delgado Gomes, Emerson Brasil Gomes, Reinaldo Cézar de Morais Gomes, Allan Bispo e Pere Tuset-Peiró

As tecnologias de redes de sensores sem fio são tipicamente baseadas nas camadas física e de acesso ao meio definidas no padrão IEEE 802.15.4 para redes LR-WPANs (Low Rate - Wireless Personal Area Network). Essas tecnologias permitem implantar redes de baixo custo e baixo consumo de energia para aplicações de sensoriamento ou controle. No entanto, a comunicação sem fio é sujeita a problemas de propagação (ex: sombreamento e atenuação por multipercurso) e interferência. Além disso, variações temporais e espaciais na qualidade dos enlaces podem ocorrer e deve-se lidar com essas variações para prover boa qualidade de serviço. Para aumentar a confiabilidade, algumas tecnologias empregam o uso de comunicações em múltiplos saltos, com rotas redundantes, combinado com salto em frequência (ex: WirelessHART, ISA100.11a e 6TiSCH). Nesse tipo de rede, todos os nós da rede precisam atuar também como roteadores e encaminhar pacotes até o nó sorvedouro (gateway). No entanto, essas tecnologias requerem alta densidade de nós para operarem adequadamente, o que pode não ser facilmente alcançável em alguns cenários. Uma alternativa que surgiu recentemente é o uso de redes LPWAN (Low-Power Wide Area Networks), como LoRa e SigFox. Essas tecnologias tipicamente operam em bandas Sub-GHz (i.e., 915 MHz no Brasil). Essa abordagem permite implantar redes esparsas ou com topologia em estrela com grande área de abrangência. Uma alternativa ao LoRa e Sigfox, que são tecnologias proprietárias, é o Padrão IEEE 802.15.4-2015, que incluiu as novas definições de camada física definidas na emenda IEEE 802.15.4g, visando aplicações de redes de utilidade inteligentes (Smart Utility Networks — SUN), são elas: SUN-FSK (Frequency-Shift Keying), SUN-OQPSK (Offset Quadrature Phase-Shift Keying) e SUNOFDM (Orthogonal Frequency-Division Multiplexing). Além de ser aberto, esse padrão oferece maior flexibilidade, uma vez que 31 configurações diferentes de camada física são suportadas, com taxas de bit que variam de 6,25 kbps a 800 kbps, o que permite definir diferentes relações de compromisso entre taxa de bits, alcance e consumo de energia. Além disso, é permitida a operação tanto em bandas Sub-GHz como na banda de 2,4 GHz. Este documento apresenta uma proposta de minicurso a ser ministrado no XXXVIII Simpósio Brasileiro de Telecomunicações e Processamento de Sinais, sobre aspectos teóricos e práticos de redes IEEE 802.15.4g/Wi-Sun. No minicurso, serão discutidas as novas definições de camada física incluídas pela emenda IEEE 802.15.4g e também serão mostrados alguns resultados experimentais obtidos a partir da avaliação dessas redes em diferentes ambientes. Também serão discutidos os mecanismos de diversidade que podem ser implementados para aumentar a confiabilidade dessas redes (e.g. salto em frequência, diversidade de modulação etc). Por fim, será mostrado um breve tutorial de como usar a plataforma OpenMote para implementação de redes IEEE 802.15.4g/Wi-Sun.

Minicurso 7

Fiscalização e Monitoração de Espectro de Radiofrequências no Brasil: abordagem para faixa de 3,5 GHz e o 5G
Stevan Grubisic, José Umberto Sverzut e Vinícius Puga Almeida Santos

Neste minicurso, serão apresentadas as práticas de fiscalização e monitoração do espectro de radiofrequências adotadas no Brasil. As recomendações internacionais, o histórico do assunto no Brasil, bem como a legislação e normas nacionais que balizam a atuação da Anatel serão abordadas. Serão apresentados os tipos de estações, instrumentos e sistemas usados pela Agência nas monitorações terrestre e satelital. Estudos de convivência entre a tecnologia 5G e a televisão comercial via satélite serão expostos com apresentação de testes realizados na faixa de 3,5 GHz.